Alberto Magrin é um artista por direito. Entre os diferentes meios de comunicação, instalação, escultura, fotografia, este artista italiano está entre a realidade e a imaginação, entre o desejo e os sonhos, entre o corpo e a mente, entre a vida e a morte. Cada uma das obras de Alberto Magrin é baseada em sua própria pesquisa artística e científica. A ligação entre suas obras e a teoria da coincidência começou há quase 15 anos, com um estudo de pesquisa espiritual que procurou olhar o interior para entender o exterior. O artista tem quatro pontos principais: Cristo, Leonardo da Vinci, Rudolf Steiner e Gustavo Adolfo Rol, que representam, para ele, as maiores expressões da humanidade que já existiram.
Suas obras trazem uma sincronia em que o momento muda sua percepção, determinando a existência e o sustento dos seres humanos. Científico, artístico, econômico, político e religioso, o objetivo é demonstrar a vitória do homem ao longo do tempo através da atitude individual do espírito. O artista exibe uma série de interessantes obras de arte que demonstram a percepção tradicional do espaço, forma e técnica. Por essas manifestações que chocam com sua provocação, Alberto assume uma nova linguagem popular e inesperada ao mesmo tempo. Em Pan-Demon, o pão representa comida, compartilhando um ato de guerra. O diabo vive em todo ser humano. O vídeo de Magrin é um protesto contra decisões políticas. Diante dos trabalhos de Alberto Magrin, sentimos a sensação de que sentimentos contraditórios agitam nossa consciência: nos sentimos compelidos a resolver enigmas visuais criados numericamente pelo artista, mas também estamos conscientes de que o que descobrimos não será necessariamente reconfortante. Seus trabalhos mais recentes vêm de uma reelaboração da teoria junguiana de coincidências significativas de acordo com sua jornada pessoal, dando origem à obras com um poderoso impacto emocional.
É possível encontrar os trabalhos de Alberto Magrin nas mais importantes coleções permanentes do mundo, como o British Museum (Londres), o MOCA (Los Angeles), o Stiftung Museum Kunst Palast (Düsseldorf), o Spazio Oberdan (Milão), o Staatliche Kunstsammlungen ( Dresden), Museu de Belas Artes (Lyon).
Com uma série de doações, ele criou uma rede mundial de galerias nomeadas por ele mesmo. A “Magreen Gallery”, uma obra de arte, está situada em uma estação pública, eliminando assim qualquer fonte de gesto e controle no trabalho pessoal. A galeria concentra-se no lugar do artista e dá espaço a cada projeto, quebrando as regras conservadoras e tradicionais do mundo da arte. Este projeto inovador incentiva todos a assumir riscos. Através deste projeto, Alberto Magrin e Magreen Gallery pedem a cada artista, instituição, e galerista, que sejam Líderes, pioneiros, determinados, pensadores independentes e lutadores, não apenas seguidores.
Para Alberto Magrin, suas mensagens viajam pelo mundo através da Internet ou em revistas. Semana após semana, exposições crescem como novos produtos alimentícios em supermercados. O mercado de arte e a corrida pela compra de obras resultaram em uma espécie de atividade de matadouro. “Liberdade artística e liberdade de criação são valores que eu me recuso a renunciar por qualquer motivo, você se renderia infinitamente por ouro ou por dinheiro?” Todo empreendedor tem um risco como empreiteiro de um novo desafio. Todo artista que acredita em si mesmo deveria, no futuro, se tornar empreendedor. Os artistas serão independentes no mercado internacional, Há dois caminhos, ou seguiremos o pop e a moda ou criaremos a vanguarda, que é o que eu faço. Não acredito em pop art, mas na evolução da arte. “
Em um mundo cada vez mais visual, é hora de um resumo cultural inovador e inclusivo.
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Texto por Severine Grosjean
Tradução: Bárbara Gual/Revisão: Lívia Fernandes
Parceria Projeto Nômades Criativo