Mas, afinal, o que é terapia(s) ?

Terapia, do grego therapeía, significa ‘cuidado, tratamento’. Terapia está, assim, relacionada com a ideia de saúde e de bem estar. Mais especificamente, segundo a definição do Dicionário Aurélio, terapia é “a parte da medicina que estuda e põe em prática os meios adequados para aliviar ou curar os doentes”. Logo, terapia também é técnica. 

Terapia, portanto, não é conversa de bar com os amigos. Terapia envolve anos de estudo, e um método previamente estabelecido. Este pode variar e fundamentar-se em diferentes noções de homem e visões de mundo. Há aquelas terapias promovidas pela área de estudo da psicologia, cujas inúmeras abordagens diferem-se segundo a fundamentação teórica que embasa a prática do psicólogo, a qual orienta seu olhar, sua forma de intervenção, sua postura durante a sessão, e a compreensão e interpretação que faz dos processos vividos pelo cliente/paciente. Você talvez já tenha visto psicólogos que atendem em divãs, em grupos, em casais, com tempo determinado, com tarefa de casa, com maiores momentos de silêncio – tais variações relacionam-se a variação dessas denominadas abordagens. Dentre algumas possibilidades possíveis, há a psicanálise (com seus variados autores possíveis), junguiana, lacaniana, cognitivo-comportamental, analítica-comportamento, gestalt-terapia, construcionismo, aconselhamento psicológico, psicodrama, fenomenologia e por aí vai. Todas elas são embasadas por ricas teorias, e práticas consistentes e efetivas.

Para algumas circunstâncias, também é necessário um acompanhamento medicamentoso, o qual deve ser discutido com um psiquiatra e acompanhado devidamente ao longo do seu tempo de uso. 

Porém, a psicologia e a psiquiatria são apenas algumas dentre as possibilidades de terapia existentes. Há também a possibilidade das chamadas popularmente de terapias alternativas, complementares ou integrativas. Tal nome deve-se ao fato delas não se configurarem nos conformes do modelo médico dominante; muitas apresentam tradições milenares, em sua maioria relacionadas às culturas orientais. Elas constituem o campo da medicina alternativa, o qual é reconhecido pela OMS como um conjunto de práticas em saúde que são parte da tradição do país. No Brasil, há mais de 20 práticas alternativas reconhecidas pelo Sistema de Saúde Pública do Brasil (SUS) desde 2006. 

Tais terapias trazem como noção de ser humano uma visão mais voltada a sua interioridade e energia corporal, tratando também suas crenças, pensamentos, percepções de si, foco e concentração. A acupuntura, por exemplo, trabalha com base em uma noção de equilíbrio da energia corporal, desbloqueando pontos carregados de tensão, e auxiliando no tratamento de ansiedade, estresse e insônia. Também atuando no equilíbrio energético, há a terapia de florais e a homeopatia, ambas embasadas no potencial curativo de substâncias naturais. A fitoterapia também entra nessa corrente, buscando uma harmonização entre homem e natureza. 

Há aquelas mais voltadas para o corporeidade, tais como a quiropraxia, a reflexologia e a massoterapia, as quais ajudam a remover nódulos de tensão dos músculos e regiões doloridas do corpo. Além disso, o desenvolvimento de práticas como a meditação e ioga auxiliam a trazer o foco para o interior do indíviduo, favorecendo concentração e formação de memórias, além de representar um poderoso recursos para o desenvolvimento de um maior autoconhecimento.

Além de tudo isso, ainda há inúmeros avanços e novas possibilidades de tratamento advindas com o desenvolvimento tecnológico. Há, por exemplo, a EMDR (Eye Movement Dessensitization and Reprocessing), uma terapia que ao simular o movimento dos olhos do paciente durante o sono REM consegue reconstruir caminhos de eventos traumáticos, auxiliando em sua elaboração e superação. Nos últimos anos, novas tecnologias vem trazendo expectativas para tratamentos de grande potencial terapêutico para o futuro, tais como a neuromodulação. 

Assim, o “fazer terapia” abarca possibilidades variadas e uma gama muito grande de opções para um autocuidado necessário a todos. Você pode testar diferentes perspectivas, conforme seu problema, suas crenças e valores pessoais. Não tenha medo de mudar caso não goste. O importante é estar sempre atento a si mesmo, e também a qualidade do terapeuta que está te auxiliando. Saiba que não importa qual escolha você faça, respeito e dignidade devem ser preservados. Também avalie atentamente terapias que prometem uma cura mágica, pois autocuidado é processo, com oscilações e dificuldades naturais, sem receitas instantâneas de sucesso. Algumas categorias, como a de psicologia, possuem conselhos nacionais, que estão abertos para dúvidas sobre a conduta de terapeutas, e mesmo para a ocorrência de denúncias. Autocuidar-se e autoconhecimento são processos sem volta, e que impactam de maneira decisiva na nossa qualidade de vida e na qualidade das relações que estabelecemos. 

Aqui na VHMOR, temos parceria com diversos terapeutas. Dentre as terapias oferecidas, estão a acupuntura, massagem linfática, Reiki, Aromaterapia, auriculoterapia, psicológa e mais! Se ficou interessado, entre em contato para mais informações 🙂

Referências: 

https://www.drdenisgraciotto.com.br/neuromodulacao-e-a-nova-promessa-de-tratamento-para-dor-cronica
https://www.vittude.com/blog/terapias-alternativas/

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0971_03_05_2006.html

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