Força e movimento – Daniela Marton

Explosão, 2018

Daniela Marton, italiana residente em Curitiba, é arquiteta e estudante de artes visuais. Tem seu trabalho inspirado nas cores e pinceladas bem marcadas de Van Gogh, ao mesmo tempo em que valoriza o movimento gestual e solto de Pollock.
O resultado são de séries diversas, ora com cores van goghianas, explorando em especial o azul e amarelo, ora com a liberdade pollockiana das formas em suas acrílicas e óleos sobre tela.

O resultado são de séries diversas, ora com cores van goghianas, explorando em especial o azul e amarelo, ora com a liberdade pollockiana das formas em suas acrílicas e óleos sobre tela.

A jovem artista já participou de exposições no Brasil e no exterior. Segundo Daniela, seu processo artístico pretende refletir sobre a vida, estimulando o espectador a pensar sobre o caos e equilíbrio, o universo, nossas crenças e superação de nossos medos, principalmente em sua série de abstratos.

O trabalho da artista é daqueles que faz você se prender e se perder em cada quadro, pensar sobre as mais variadas formas de vida, de luz, de presença. Traz um olhar agradável e outro questionador.
Aqui você pode ler um pouco sobre a fala da artista em sua declaração à VHMOR:

“Sou arquiteta e estudante de artes visuais. Iniciei no mundo artístico em 2017, quando entrei na FAP, antes desenvolvia apenas trabalhos arquitetônicos associados à minha profissão inicial. Encontrei nas artes uma forma de me expressar através dos meus quadros, desenhos e esculturas. Estas mostram minha forma de ver o mundo e como este me toca. A respeito das minhas obras, as inspirações me vêm das situações cotidianas que me impulsionam através dos sentimentos, os quais passo às telas. Dessa forma, cada quadro acaba contando e criando uma história sobre os sentimentos humanos, transmitindo ao espectador um olhar diferente sobre essas vivências.

Composição II, 2018

No universo figurativo os sentimentos acabam sendo mais intensos devido às pinceladas bem marcadas e a expressividade presente nos rostos de cada um dos personagens das obras. Esta técnica pretende criar um impacto no observador, de modo a fazê-lo analisar com atenção a situação ali expressa, que o leva a se  identificar com esses sentimentos já vivenciados ao longo de sua vida. Já os trabalhos feitos com tinta acrílica são mais voltados para o abstrato, o uso da tinta mais fluida cria uma atmosfera de contemplação e plenitude em viver, que reforça as buscas em nossas crenças como uma força que nos impulsiona a superar as nossas aflições, medos,  dores e sofrimentos, que por vezes nos afoga em tristezas e desesperanças que acaba nos deixando com uma sensação de solidão nesse mundo caótico. ​No entanto, sempre estamos nessa busca interna, que nos move a acreditar na esperança de dias melhores, onde procuramos um equilíbrio interno de modo a conseguir viver nesse caos sem se contaminar. Busco na arte uma forma de mudar o olhar das pessoas em relação ao mundo.”

Contemplação, 2018

O apelo sentimental presente nas obras da artista é visível nas pinceladas marcantes e carregadas de expressividade e faz surgir uma linha tênue entre a representação artística e o espectador, criando uma atmosfera de contemplação e identificação.
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