A jovem pintora cria formas orgânicas e celulares inspiradas no seu interesse pelo organismo humano. Seu trabalho é caracterizado por uma busca de forma no processo de pintura em si. Através de suas pinturas monocromáticas, ela vai em busca do interior dessas camadas e proporciona uma ilusão de desfoque ao lavar a tinta aplicada.
A vida é caracterizada pelo desfoque. A artista congela a realidade como uma natureza morta. As pinturas mais recentes exploram a sensação de perceber o corpo de dentro como em seu último trabalho “Résonances”. Ela pinta silhuetas que se misturam com a decoração. Ela varre com uma escova macia para remover todos os traços muito visíveis que o pincel poderia deixar, unindo os tons.
Esta representação do corpo oferece aos olhos uma infinidade de detalhes, e permite ver o invisível. Azul, cinza ou roxo, em muitas obras, apenas uma cor domina a tela. Cada cor tem o poder de afetar sentimentos e percepções. Alzbeta suaviza os contornos das formas para permitir uma transição gradual de um tom para outro.
O desfoque faz a cor ficar suave sem qualquer toque. Quer seja em “Honey Gathers”, onde ela lida com a impressionante organização interna da colmeia, tecendo ligações com com a vida social ou mesmo com o ciclo do carbono, em que o efeito difuso traz um efeito romântico, expressando uma interioridade que permite aproximar-se da realidade.
Alzbeta Josefy concentra-se nos experimentos formais inerentes aos temas da natureza e do corpo. Ela constrói uma linha que separa diferentes realidades, diferentes níveis de consciência. Em suas pinturas, ela expressava paisagens com diferentes graus de sensibilidade. Ao usar luz, sombra e volume, o resultado é uma imagem que engloba perceptivelmente todas essas fases.
Esta coleção de corpos e animais se acumulam e criam uma coisa mortal e mórbida. A decoração, às vezes abstrata, expressa, experimenta e “eletrifica” ressoando em cada um dos espectadores colocados face a face com este mundo reconhecível mas desconhecido.
Parceria: The Nomad Creative Projects