Bárbara Gual
Sarah Sky é de nacionalidade francesa e mora atualmente na Guatemala, onde iniciou seu trabalho como artista visual. Sua arte é uma mistura de técnicas que incluem o acrílica, o pastel, o carvão e a colagem. Sarah não se dedica somente à pintura mas também ao desenho. Sua grande inspiração é o artista americano Andy Warhol, pela temática mais despreocupada e livre de seus trabalhos.
Para Sarah Sky, o que ela produz em arte serve como uma questão de identidade, uma representação de sua personalidade, de sua individualidade. Embora haja uma clara intenção de fazer o público se sensibilizar com sua produção artística, ela considera que a auto satisfação já é suficiente para justificar seu trabalho.
As cores são uma característica marcante no trabalho da artista. Elas transmitem uma sensação de movimento, um jogo de luz que transpassa calor e energia para o espectador, em contraste com tonalidades mais frias, onde o duo tranquilidade e caos se faz presente, além da sensação de liberdade e a existência de algo enigmático. As cores presentes em suas obras revelam o jogo de emoções vivenciadas pela artista durante seu processo de produção.
Abaixo você pode ver a declaração da própria artista sobre seu trabalho:
“Arte para mim não é sobre o saber, é sobre fazer. Como artista autodidata, trabalho com o que tenho – eu resolvo problemas à medida que surgem, cada passo leva a outro. Na pintura eu consigo expressar meus sentimentos, muitas vezes sem saber exatamente o que é.
A arte é a lente através da qual eu compreendo o mundo ao meu redor. Através do ato da criação, encontro respostas para a mistura que me confundiu; a tela funciona como um espelho para mim. Eu crio porque pintar me faz lembrar que sou um ser humano, que estou aqui, estou viva.
Minha inspiração vem da vida cotidiana, das coisas que cruzam o meu caminho, de momentos, pessoas, palavras que me fazem sentir alguma coisa. Os materiais que uso vêm do ambiente que me rodeia: café, folhas, jornais, além de tinta, pastéis e carvão. Eu gosto de trazer o mundo exterior para misturar tudo e produzir algo novo. Para destruir e remontar.
Minhas peças refletem o que eu senti no momento em que as criei – tristeza, alegria, expectativa. O binário caos e ordem. Eu não procuro transmitir nenhuma mensagem específica, além desses sentimentos passageiros, ou seja, não há um propósito fixo na minha arte, mas sim as próprias obras agem como personificações da verdade e da vulnerabilidade.
Eu quero que minha arte lembre aos outros que eles estão vivos também.”
A espontaneidade é uma marca na obra artística de Sarah Sky. A expressividade de seu trabalho, a textura visível, como se pudesse ser tocado com os olhos de quem aprecia, causa uma sensação, uma experiência, uma impressão única. Ela influencia o espectador, transformando seu espaço, seu momento.
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