10/12/2017 Bárbara Gual
Priscila Lopes Aires é nossa terceira artista do projeto Verdandi. A brasiliense tem 30 anos e mora atualmente em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Já participou de algumas exposições, tendo como sua principal exibição a 1ª Bienal Internacional de Arte Psicodélica, que aconteceu em Campinas.
A artista se interessa por arte desde pequena, mas foi aos 14 anos que deu início a um trabalho mais profissional envolvendo as artes visuais. A partir daí já passou por fotografia, design de produto e design gráfico, onde entra seu trabalho com Colagens digitais exposto no projeto Verdandi.
Através de seu trabalho, Priscila busca deixar um legado, interferir de forma positiva no comportamento das pessoas, mudar pensamentos e levar a todos a construção de uma visão crítica. Atualmente, seu principal desejo e motivação é espalhar a mensagem de naturalização do corpo nu da mulher, da importância do autoconhecimento e do valor que a pluralidade/diversidade tem para o desenvolvimento do ser humano. Sua intenção é gerar discussões importantes sobre grandes temas que muitas vezes as pessoas já tem ideias pré-construídas e não querem desconstruí-las. Assim, Priscila descreve seu trabalho em 5 palavras: Resistência, amor, resiliência, pensamento crítico e filosofia.
Confiram abaixo a declaração da própria artista sobre sua arte:
“Amante de artes desde que me conheço por gente, sempre senti um ímpeto muito forte de me expressar através dela. Trabalhei com moda, decoração, artesanato e agora me dedico à arte digital, onde desenvolvo trabalhos de colagens analógicas (recortes feito a mão, com tesouras e estiletes) e digitais (através do photoshop).
Minha maior motivação ao criar é a necessidade de passar adiante reflexões, conceitos e mensagens que possam agregar os pensamentos das pessoas através da valorização do que é diferente, pois o ser humano ainda percebe o diferente como algo anormal só pelo fato de não se encaixar nos padrões que ele conhece e aceita. Muitas coisas são subjetivas, complexas e relativas e podem assim ser analisadas sob várias vertentes e compreendidas de inúmeras formas. Desta forma, exalto o que é complexo e desmistifico aquilo que é diferente ou distante do entendimento.
É necessário entender o quanto a diversidade no mundo pode ser benéfica. O que falta em um indivíduo pode ser uma característica complementar do outro. Tentar conscientizar as pessoas através da arte é como uma missão para mim, sendo assim, propago mensagens humanistas e humanitárias, exaltando as características positivas e negativas do ser humano como potências que podem agregar ao invés de segregar.
Faço da minha arte um meio de instigar reflexões e de propiciar visibilidade às minorias. Faço da minha arte uma forma de resistência.”
A artista utiliza atualmente a técnica da colagem digital no Photoshop e se baseia no surrealismo e no pop art como suas principais linhas de pensamento. Seu conceito vai de uma mistura do passado com o futuro, do vintage com o futurista, do clássico com o contemporâneo. Priscila é um exemplo claro da aplicação da Economia Criativa (saiba mais clicando aqui), onde ela utiliza a criação da arte visual para geração de valor, criando artes para peças de roupas, faz capa e encarte para CDs, Gif´s publicitários, entre outros trabalhos.