Ivan Ostarcevic é um jovem artista croata. Seu trabalho é baseado nas semelhanças entre personagensheróicos antigos e modernos. Suas histórias coloridas (pinturas) mostram que pouco mudou. Com um longo trabalho de pesquisa, ele compõe uma obra da qual o ponto culminante é esse contato com a história das civilizações desaparecidas. O objetivo não é a romantização de certos tempos passados para criticar o atual e sim desafiar a modernidade.
A base da história é criada com meios visuais contemporâneos. À primeira vista, a incompatibilidade de nossos dois mundos poderia criar um “choque de civilizações”, mas o diálogo interno estabelecido torna essa configuração única e se relaciona com a pergunta do artista sobre o que mudou ou não.
Com humor, ousadia e proeza gráfica, Ivan cria frequentemente o evento na internet. Para ele, a pop art é um encontro entre tradições populares e modernidade. Em seus olhos, a mistura de culturas é uma grande riqueza. A matéria prima está lá. É essa mistura explosiva de herança revisitada e universalismo que encontramos em seu último trabalho, um trabalho cheio de espírito e humor.
As representações imaginativas sem dúvida exigiram muito esforço e o artista conseguiu uma narrativa expressiva e descritiva. As telas são como peças móveis, dispostas aleatoriamente no espaço. O espectador é convidado a circular entre elas e ver pinturas em ambos os lados. Este não é o resultado de pinturas, mas de objetos.
Ivan prestou especial atenção às estruturas e linhas. Seu trabalho oferece ao visitante um ponto de vista estético fascinante, bem como uma sala de discussão cheia de ideias. Ele oferece uma nova perspectiva, onde pode-se descobrir o lado humano de cada um. Ele explora uma nova imagem baseada em uma nova identidade misturando requisitos estéticos e elementos de abordagem individual, pessoal, íntima, biográfica de todos os horizontes. Esses momentos da vida das pessoas perdidas na cidade. Ivan Ostarcevic relata desejos não realizados, quebrando os ideais.
As pinturas falam sobre uma cidade de esperanças arruinadas apesar do uso de cores fortes e exaltadas.
Este trabalho é um espelho onde o espectador vagueia para se perder, reconhecendo seu universo comum.
O escritor francês Jean d’Ormesson escreveu “Os homens são livres. Ou eles pensam que são livres. Eles são, na verdade, tão intimamente mantidos em um fragmento do espaço e em sua época da qual são proibidos de escapar, sua famosa liberdade, da qual eles fazem tão grande caso, é apenas enganosa, o olho e a ilusão “. (tradução livre)
Parceria: The Nomad Creative Projects
Tradução: Bárbara Gual
Revisão: Lívia Fernandes